ARTIGO: Usando Business Intelligence como vantagem estratégica

O que é Business Intelligence?

Podemos definir Business Intelligence (BI) como o simples conceito de fazer uso de informações já disponíveis em uma empresa para ajudar os administradores, diretores, gerentes e tomadores de decisões a abraçar as melhores alternativas disponíveis e de forma mais veloz, além de medir e comunicar resultados. Outra característica importante do Business Intelligence é que em meio ao grande volume de dados armazenados pelas empresas sua utilização facilita a descoberta de relações entre os dados, gerando informações que realçam a vantagem competitiva.

 

Esse termo costuma ser traduzido para o português como Inteligência de Negócios e é conceituado pelo propósito das empresas de explorar dados históricos de seus sistemas de gestão e bancos de dados o que capacita os tomadores de decisões a fazerem suas tarefas de forma mais assertiva. Esse conceito surgiu nos anos 1980 e desde então garante vantagem estratégica para as empresas que aprenderam a usar os seus dados para, entender as demandas e necessidades de seus clientes, processos decisórios, economias e mercados, além de tendências.

 

Há dois fatores que permeiam o processo decisório que um administrador/gestor encabeça. Ambos os fatores podem ser consideradas as bases para acertar ou errar na decisão, são eles:

– a integridade das informações que estão sendo usadas para subsidiar objetiva e confiavelmente o processo decisório;

– a velocidade na identificação de oportunidades e ameaças, as quais essas informações estão interligadas.

 

O fator mais importante para a utilização da Inteligência de Negócios é que as metas a serem alcançadas por esse processo precisam estar alinhadas ao planejamento estratégico da empresa, como forma de apoio as decisões e em alguns casos para realinhamento de eventuais desvios.

O meio mais comum para a utilização deste conceito está apoiado em softwares que foram projetados para obter, guardar, analisar, prover acesso a dados e suportar a melhor tomada de decisão baseada em fatos.

 

O que esperar das ferramentas de Business Intelligence.

Uma das grandes necessidades identificadas pelos fornecedores de softwares de Business Intelligence é a integração de diversos sistemas para obtenção das informações consolidadas que geram valor no processo decisório. A grande maioria das ferramentas está apoiada nesta necessidade ou em sistemas ERP, que por sua já fazem a integração de todas as informações das empresas.

 

Outra necessidade importante é a flexibilização das informações, ou seja, a forma como os gestores precisam organizar as informações para a realização de intersecção de dados relacionais é fundamental no momento em que são exigidos velocidade e desempenho. Para os gestores é impossível trabalhar apenas com os relatórios gerenciais “prontos”, disponíveis em seus sistemas, pois não refletem a dinâmica dos negócios. Portanto desenvolver seus próprios relatórios é sem sombra de dúvida um grande diferencial do BI.

 

Não obstante as necessidades já citadas, as empresas precisam de sistemas que facilitem a extração de informações gerenciais para as várias áreas da empresa, independentemente da área de TI. Em outras palavras, os sistemas de BI permitem que os gerentes e profissionais de cada área acessem as informações disponíveis e façam eles mesmos os seus próprios relatórios gerenciais, já que são detentores de conhecimento específico da área em que atuam e conseguem enxergar com mais facilidade tendências.

Fonte: Gartner Group.

 

Relatos de empresas que já usam Business Intelligence.

A grande maioria das empresas que adotaram soluções de Business Intelligence nos últimos anos concluíram a eficácia da implementação desta ferramenta, sob a alegação de que além de não apresentar uma implementação muito longa e complexa, traz uma percepção de resultados extremamente rápida.

 

Os grandes focos destacados pelas empresas como benéficos são:

– a velocidade na análise de informações sempre que as organizações percebem mudanças de tendências.

– cruzamento de dados específicos para a realização das análises.

– maleabilidade das informações que podem ser tratadas.

– visualização de gráficos, cubos e dash boards  que facilitam o entendimento dos dados expressos nos relatórios gerenciais.

– geração de informações consistentes para análises gerenciais e processos decisórios.

– utilização da ferramenta pelos próprios gestores das áreas, sem a geração de grandes demandas para a área de Tecnologia da Informação (TI).

– retorno de investimento (ROI) rápido.

– melhoria nos processos de geração de informações (cadastros, movimentações, entradas, saídas, etc) motivadas pelas informações geradas por relatórios extraídos pelo BI.

– mudança de comportamento dos gestores, que deixa de ser reativos e tornam-se pró-ativo.

 

Soluções alcançadas.

Há um case mundial de uma rede de lojas de hipermercados que conta com 4,5 mil lojas no mundo e que usa o Business Intelligence para criar correlações entre produtos, ajudando assim o aumento de suas vendas. Um exemplo claro explicitado pela multinacional é a correlação entre salgadinhos e cerveja e molho de saladas com verduras evidenciado a partir do uso da ferramenta.

Já no Brasil há um case de uma rede de lojas de moda que em pesquisas a base de dados utilizando uma ferramenta de Business Intelligence resolveu alterar os rumos do negócio e passou a comercializar apenas produtos femininos, diminuindo estoques, investimentos, tamanho de suas lojas e aumentando seus resultados e market share.

Um terceiro case: um banco nacional com presença em vários países do mundo, após a implantação de uma ferramenta de Business Intelligence conseguiu mensurar resultados detalhados em níveis antes impossíveis, como: departamento, atividade, cliente, gerente, produto e sub-produto. Com isso foi possível precisar a margem de contribuição, resultado operacional e resultado econômico de cada um desses níveis.

 

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